sábado, novembro 20, 2004

comentário(s) particular(es)

nada a acrescentar ao título - excepto tudo que se possa dizer - do mesmo

3 Comments:

Blogger Francisco Coimbra said...

começo por ti, teu lugar aqui:

Sendo a sua veia uma mina rica em poesia onde garimpa e faz correr sua límpida essência, tem sido para mim natural encontrar em verso o que me vem da sua leitura. Deixe-me hoje ser prosaico e comentar a sua prosa aqui nestes comentários, chamando a atenção a um de seus leitores. Também eu me sinto um pouco “invasor” do seu blog, quase “blogando” nele ultrapassando aqui, com o prazer que me dá lê-la e desse prazer escrever, a minha falta de paciência para ter um que seja meu. Isto porque sempre aqui me senti bem, deixe-me ter este comentário a um seu comentário que dalgum modo me tocou...

sábado, novembro 20, 2004 3:54:00 da manhã  
Blogger Francisco Coimbra said...

SEM COMENTÁRIOS

i
Aos poucos fui dando conta, comecei a ter um blog, o teu!
ii
Estranho, ainda ninguém percebeu que você sou eu? Até eu!
[nem me passou perguntar... e tu/você?]
iii
Tanto quis ser outro que acabei por ser: o heterónimo da(s) palavra(s) assim, escrita(s) por mim
iv
É que somos tão diferentes que, só fingindo, seriamos o mesmo e isso é possível em Poesia...
v
- Eu sou Assim
- Eu sou a Sina
- A minha sina?
- Só se for a sua Sina!
Assim | 11.19.04 - 3:56 pm | #



Continuando, ainda antes de ontem; vê se não estava (ins)pirado!... Estava a pensar mudar... escrevendo coisas que antes... de vir já tinha escrito.

mu(n)do

i
HOJE
nesse dia
hoje será ontem
terei começado

a escrever
para amanhã
até si

e desse dia
demora a noite
nesta hora

a fazer
uma dúzia
destes versos

ii
TALVEZ
em tal vez
sem quando vago
já - o - como

talvez tenha
havido uma primeira
vez?

um dia
mais deslumbrante
único!

onde teria
começado a escrever
para você


ainda faltam duas dúzias, deveras!
Assim | 11.19.04 - 4:04 pm | #



Ah! Há um soneto... também passarei!
Não sei como consegue, está a dar vida à minha vida!

iii
O MUNDO
a matemática
mais elementar
dos dedos

segurando
a esferográfica
de esfera

globo eu
terra girando
tinta

pinto
neste dizer
o mundo!

iv
MUDE
mudo
já não sou
mudo


não escrevo
de si

digo
de mim
tudo

o que
pode ser
mu(n)do


mu(n)do:
HOJE TALVEZ O MUNDO MUDE
Assim | 11.19.04 - 4:16 pm | #



Fui à procura do soneto e encontrei isto:

Dum heterónimo para si mesmo ou de como o mesmo pode ser outro já que é “outro” ou como é estranho os nomes alterarem as pessoas, bem como se verifica não ser a mesma coisa falar ou estar calado ou ainda outra conclusão qualquer ou nenhuma.

É ESTE ENCONTRO
"entre nós", dentro d(entro)...

Eu próprio falo comigo como amigo,
às vezes não tenho muito tempo
como agora

Aproveito e mando um abraço
já agora, melhor dizendo dois e as mãos
com que escrevo sobre o teclado

Depois volto à sensação do ritmo
sem sair
do prazer de escrever "entre nós"


T(tu+eu)eu,
Assim

«Os homens valem por diferentes modos, o mais seguro de todos é a opinião dos outros homens», “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, Machado de Assis.
(17.11.04)
Assim | 11.19.04 - 4:27 pm | #



*PARA, POIS, PORQUE...
soneto amigo... (à=a+a) amiga

Quem quiser viver a vida com fantasia
Pode-se encher de amor e maravilha
Enriquecendo toda a sua bela poesia
Deve é saber que não é uma ilha!?...

Não te doas amor das palavras dor
Poderem ser a rimar com sentimento
Que nunca fica quieto a ganhar bolor
Nem se queda parado num momento!

Prevenido o poeta previne a leitura
Com o corpo e alma da sua pessoa
Que ele próprio assume em figura

Para lá da retórica dos seus versos
Pois não se queda em sons que soa
P*orque sabe podem ser controversos
(16.11.04)
Assim | 11.19.04 - 4:35 pm | #

sábado, novembro 20, 2004 3:59:00 da manhã  
Blogger Francisco Coimbra said...

QUERER(ES)

I querer
um querer
e (i) querer
... querer sempre!

II querer
passar e passear
a quilha do osso
com que te ouço
a voar peito d’ave

III querer
sem pudor poder
imitar teu querer

IV querer
poder voltar amanhã!
Assim | 11.19.04 - 10:14 pm | #

sábado, novembro 20, 2004 4:01:00 da manhã  

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